Cisco Networkers 2010: veja como foi

Matéria minha do site Imasters


Estive no Cisco Networkers 2010, realizado nos dias 11, 12 e 13 de maio em São Paulo. O evento traz uma das melhores oportunidades para o profissional de Tecnologia da Informação se atualizar sobre as principais tendências mundiais do setor, além de aumentar seu networking com profissionais de grandes empresas e participar das discussões sobre projetos de TI e Telecom.

Em relação às edições anteriores, a edição deste ano trouxe como novidade um foco específico na área de Governo, incluindo o roadshow "IDC Governo 2010 TI & Telecom". Além disso, a Cisco apresentou demonstrações reais em novas áreas de atuação da empresa, reforçando a sua mensagem de Architecture Plays em tecnologias avançadas, incluindo o lançamento no país de suas soluções para Borderless Networks - a nova plataforma de redes "sem fronteiras" apresentada recentemente pelo Cisco Systems em todo o mundo.

Durante os três dias do evento, vários temas também foram abordados em 48 sessões de Tecnologia (Breakouts Sessions) e 8 Power Sessions (Techtorials). Os principais temas que foram abordados por especialistas da Cisco durante o Networkers 2010 foram: Virtualização e Data Centers; Colaboração e Comunicações Unificadas; Routing & Switching; soluções para Service Providers; além de Borderless Networks.

Em sua 7ª edição no Brasil, o foco do Cisco Networkers 2010 foi capacitação e demonstrações das principais tendências em soluções de comunicação que possam contribuir para o aumento da produtividade, rentabilidade e competitividade dos negócios de nossos clientes e parceiros.

Durante o evento, o deputado federal Julio Semeghini e representantes da Brasscom, Abes, Assespro e do STF discutiram os rumos tecnológicos do Brasil e foram unânimes ao reconhecer a necessidade de um marco regulatório setorial.

No fórum "IDC Governo 2010 TI & Telecom", que aconteceu dentro do Cisco Networkers, no dia 11, representantes de entidades tecnológicas e o deputado federal Julio Semeghini discutiram as ações governamentais com relação a TI e Telecom no Brasil e chegaram à conclusão de que os candidatos à presidência devem elaborar um plano concreto para o setor, se quiserem se diferenciar dos demais.

Para o parlamentar, o nível de maturidade do brasileiro com relação à tecnologia é alto, porém há falta de uma regulamentação mais direta por parte do Governo. "Telecom está longe de ser o que queremos. O governo precisa tomar atitudes pensando a longo prazo, e não basta solucionar pequenas partes do processo", afirmou.

Vanda Scartezini, da Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes), concordou com a afirmação e enfatizou que é preciso fazer um plano concreto para TI & Telecom com o pensamento no futuro. "Podem e devem ser feitas coisas no passo a passo, mas tem que mirar no objetivo posterior". Mesmo a favor do que foi dito anteriormente, Luis Mario Luchetta, da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro), afirmou que o setor precisa urgentemente de um marco regulatório. Para ele, esse pode ser o ponto de partida. "Tributação, lei de software, utilização do poder de compra para a indústria e formação de mão-de-obra são alguns pontos de destaque".

Infraestrutura

O representante da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Edmundo Oliveira, afirmou que a infraestrutura é primordial para que a tecnologia alcance todo o Brasil. "O que se precisa fazer é primeiramente resolver os problemas estruturais, para o País poder alcançar o nível de outros. Sem isso, ficaremos na mesma".

Já Gustavo Sanches, do Supremo Tribunal Federal, salientou que uma boa infraestrutura promove integração, não só de tecnologia como de pessoas. "Ainda falta um modelo para isso, e o candidato que se focar nesse quesito estará à frente para contribuir com o avanço do Brasil". Ele ainda afirmou que é muito importante a população se conscientizar da importância do setor de TI e Telecom e como ele pode contribuir para o desenvolvimento do País.

O deputado federal Julio Semeghini afirmou que o Plano Nacional de Banda Larga deveria ter o objetivo de garantir o acesso de toda a população, "até daqueles que não podem pagar o valor programado", disse.

Para ele, é importante que o plano atinja o Brasil inteiro, ao invés de apenas alguns municípios. O parlamentar também salientou que a infraestrutura não é o único item a se pensar, o governo também deveria se focar no conceito da universalização. "Seria necessário discutir o plano com mais clareza para que a questão cultural de integração fosse mais aprofundada".

Semeghini não desmereceu o PNBL, porém firmou o tom de inclusão digital que o projeto deveria ter. "Não acho certo apenas alguns municípios se beneficiarem com a iniciativa. Fornecendo o acesso à internet para todos os cidadãos, a consequência é que o Brasil se desenvolve", afirmou.

Outro destaque dado pelo político foi a importância da concorrência no setor que o Plano Nacional de Banda Larga vai proporcionar. "Pequenos e médios provedores terão a oportunidade de escolher entre no mínimo duas redes". Segundo ele, em alguns lugares o preço é abusivo e os provedores só têm uma rede para comprar.

Isso foi ótimo, espero que se aconteça em breve. Seria uma revolução na nossa infraestrutura e nas tecnologias de rede no Brasil

Resumindo: o evento foi muito bom, melhor do que o realizado em 2008.

Até a próxima!

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